Tahlequah voltou a ser mãe



A cria é saudável, mas não está livre de perigo - 40% das orcas morrem antes de chegarem à idade adulta



Em 2018, uma orca ficou famosa por se recusar a abandonar, durante 17 dias, o corpo da sua cria recém-nascida, no Mar de Salish (Pacífico, costa noroeste da América do Norte). A ação da orca chamou a atenção do público por supostamente representar o luto de uma espécie animal diferente.

Agora, a mesma baleia deu à luz um bebé saudável. A cria, apelidada de “J-57”, foi avistada pelo Centro de Investigação de Baleias a nadar ao lado da mãe. O episódio mais recente aconteceu no mesmo local. 

O Centro de Investigação de Baleias relatou que seguiu um relatório “de um dos observadores de baleias que avistou um bebé muito pequeno”, que se estima que tenha nascido no dia 4 de novembro. Além disso, “Tahlequah estava longe das outras baleias e tentava evitar cruzar a zona da fronteira com o Canadá”. 

A publicação The Seattle Times noticiou o sucedido. Mas nem tudo são notícias animadoras. Há muito tempo que as orcas que navegam pelo mar do Estreito da Geórgia têm vindo a sofrer com as alterações climáticas. A sua fonte de alimento baseia-se num tipo de salmão que se encontra em vias de extinção. 

A quantidade de alimento é um fator que influencia o sucesso ou insucesso, da gestação dos animais: um estudo de 2017 publicado na revista PLOS ONE revelou que mais de dois terços das gestações de orcas residentes na zona não foram concluídas com sucesso, entre os anos de 2008 e 2014.


António Picoito

Comentários

  1. As orcas são realmente um animal bonito e diferente. É engraçado pensar que de certa forma também "representam o seu luto" ! Gostei do artigo!

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  2. Obrigada por este artigo sobre a interessante vida das orcas.

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